Conta uma parábola catequética que um rei poderoso e querido planejou uma visita a três aldeias numa sofrida região montanhosa. Ele e a rainha dormiriam na aldeia que demonstrasse mais espírito de família, posto que o reino dependia de famílias bem estruturadas.

Mas que depressa cada aldeia se preparou para receber o rei. As casas foram preparadas para recebê-lo, roupas novas foram encomendadas, baixelas e utensílios de cozinha foram limpos e lustrados, houve faxina geral de casa em casa. Nunca os interiores estiveram tão bonitos e limpos. Para receber dignamente o rei e a rainha, nada mais justo que os interiores fossem perfumados e redecorados. As três aldeias cuidaram eximiamente do interior de cada lar.

O rei, porém, passou pelas três e voltou para dormir na segunda aldeia. E mandou seus arautos afixarem nas portas dos edifícios públicos e nos templos das três aldeias a razão da sua escolha. O texto dizia:

“Eu, o rei, agradeço o esforço das três aldeias em receber-me. Cuidaram muito bem do interior das casas e avenidas por onde eu passaria. Excederam-se em generosidade. Mas escolhi ficar na aldeia que, além de cuidar do interior de cada casa na rua principal, cuidou também das outras, nas ruas por onde eu não passaria. Só na segunda aldeia vi que cuidaram do templo, da casa de velhinhos, do orfanato e das casas dos pobrezinhos cujas ruas eu não visitei, mas meus arautos viram. Aplaudo a aldeia que se enfeitou coletivamente e pensou em todos, não apenas nos privilegiados da rua principal. O que os privilegiados da rua principal fizeram pelos pequeninos, fizeram a mim.Por isso eu fiquei com a aldeia do meio”

Daquele dia em diante ficou claro naquele reino que os que pensam em todos são mais dignos do rei e do reino. Os que se acham mais eleitos e, por isso pensam mais em si e na sua rua do que em todos, terão menor presença do rei.

Moral da história: Conversão pessoal sem pastoral social é conversão parcial!

Pe. Zezinho

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