No dia 13 de Março foi eleito para o Pontificado de Pedro o cardeal de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio que escolheu como nome Francisco.
Surpreendeu a todos a eleição dum latino-americano, um dos que estavam quase anônimos nas listas preferencias que a mídia traçava desde o dia da renúncia do Papa Bento XVI.

Deus é surpreendente em seus gestos para com a humanidade. Mas, mais do que surpreendente, Ele é generosamente misericordioso.
Uma das primeiras frases do Papa Francisco foi “eis-me aqui”.
Contexto de sua fala: “Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui!”.

Esse é justamente o lema da Campanha da Fraternidade 2013... “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).

O “Eis-me aqui” revela uma disposição pessoal de buscar a Vontade de Deus por meio da realização da própria vocação. É comum ouvir pessoas se perguntando sobre qual é a vontade de Deus. Aprendi no curso de teologia que a realização da vontade de Deus se manifesta na realização humana. Santo Irineu dizia que “a maior glória de Deus é o homem plenamente vivo”. Então realizar a Vontade de Deus é viver a vida de modo pleno e, como a vida não é um elemento que se fecha em si mesmo, muitas vezes perder a vida, gastar a vida, deixar-se consumir por um reconhecido benefício do outro – de modo especial dos mais necessitados – pode ser também a realização da Vontade de Deus. O equilíbrio entre realização pessoal e envolvimento na história do outro exige uma árdua reflexão pessoal.

Em suas palavras, o Papa Francisco ainda acrescentou “E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo... este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós.”

Ele se vê impulsionado a viver e fortalecer a fraternidade da Igreja e no mundo. Durante o período que se preparava o conclave e mesmo durante sua realização o que se viu foi a espera dum homem que estivesse à frente de toda a Igreja. A Igreja de Roma é, desde longa Tradição da Igreja Católica, aquela que fortalece e rege a comunhão com as demais dioceses do mundo todo. Mas o mundo não esperava apenas o “bispo de Roma”. O mundo esperava o “bispo de Roma para o mundo”. O que quero dizer é que a figura do papa revela nosso desejo de comunhão, nossa necessidade de “pais” que inspirem confiança na “luta pela paz”.

E lá vai o nosso “Francisco” na peleja por manter a barca singrando os mares do tempo... até que tudo seja um só Tempo.

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